Um
beija-flor me visitou,
voou tão perto, em dança leve,
asas tingidas de esperança,
num vai e vem que fala sem voz.
Pousou,
pedindo atenção,
como quem traz recado do alto.
Recebi-o como boa notícia,
um sopro de ternura no dia.
Beijou
uma flor do meu jardim,
e o coração lembrou-se dela —
minha mãe, que um dia alçou voo
para o céu onde mora a paz.
“Beija-flor
que tocas o céu,
leva meu beijo em teu voo leve.
Diz à minha mãe que a sinto perto,
morando no coração de Deus.”
Ir. Geny da Silva
